NotíciasDesmatamento na Mata Atlântica registra queda de 55% no primeiro semestre de 2024.

16 Novembro, 2024


O desmatamento na Mata Atlântica apresentou uma redução expressiva no primeiro semestre de 2024, com 21.401 hectares devastados entre janeiro e junho, contra 47.896 hectares no mesmo período de 2023. Os números representam uma queda de 55%, conforme o levantamento do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, resultado da parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, Arcplan e MapBiomas.

Desmatamento na Mata Atlântica registra queda de 55% no primeiro semestre de 2024

Imagem internet

Apesar do progresso, a área desmatada ainda equivale a 20 mil campos de futebol, o que ressalta a necessidade de esforços contínuos na preservação do bioma.

Áreas de encraves e fatores de redução
Os fragmentos de vegetação nativa localizados em limites com outros biomas, como Cerrado, Caatinga e Pantanal, chamados de encraves, registraram uma redução ainda maior, de 58%, após a destruição severa ocorrida em 2023.

De acordo com o levantamento, a queda no desmatamento é atribuída ao fortalecimento da fiscalização ambiental, ao bloqueio de crédito para desmatadores ilegais e à aplicação de embargos remotos, que monitoram áreas desmatadas e restringem seu uso comercial.

A situação da cobertura florestal
Atualmente, restam apenas 24% da cobertura original da Mata Atlântica, um índice inferior ao mínimo aceitável para sua conservação, que é de 30%, segundo estudo publicado na revista Science. Além disso, grande parte das florestas restantes está fragmentada, com a maioria das áreas não ultrapassando 50 hectares. Cerca de 80% desses remanescentes estão em propriedades privadas, o que reforça a importância do engajamento de proprietários na conservação. Apesar disso, há um dado positivo: o ritmo de regeneração da vegetação superou o desmatamento. Porém, as áreas ainda destruídas geralmente correspondem a florestas maduras, ricas em biodiversidade, o que provoca um impacto ambiental significativo.

Potencial para o desmatamento zero
Luis Fernando Guedes Pinto, diretor executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, acredita que a Mata Atlântica pode se tornar o primeiro bioma brasileiro a atingir o desmatamento zero antes de 2030, sendo uma referência global no combate às crises climáticas e ambientais. “Para cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paris, o Brasil precisa eliminar o desmatamento em todos os biomas até 2030. A Mata Atlântica tem uma oportunidade única de liderar esse movimento e inspirar outras regiões do país e do mundo", afirma. Com os avanços no monitoramento e na aplicação de políticas ambientais, o bioma caminha para um futuro mais promissor, mas ainda exige atenção e ação contínuas para garantir sua preservação e recuperação.

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